segunda-feira, 21 de setembro de 2009

E por falar em Darwin... Teoria da Evolução!

Quem somos, de onde viemos, para onde vamos?

Perguntas como estas sempre atormentaram as mentes humanas e durante os séculos muitas idéias surgiram para tentar explicá-las.

Há 150 anos vinha à tona a Teoria da Evolução, calorosamente discutida, mas pouco conhecida.

Antes de qualquer coisa, é importante saber que Evolução não significa Progressão, o que ajuda a evitar vários erros de interpretação nessa teoria, Evolução aqui significa Mudança, pura e simples.


Então vamos à Evolução!

Apesar de vários cientistas terem contribuído para o surgimento dessa Teoria, três deles se destacaram: Alfred Russel Wallace e Charles Robert Darwin de um lado e Jean-Baptiste de Lamarck “injustiçado” de outro.

Lamarck foi o primeiro publicar e defender a idéia de Evolução, porém é descartado e atacado por ter utilizado mecanismos pouco consistentes. Muitos devem conhecer a historia do surgimento do pescoço longo das girafas, onde o ancestral possuía o pescoço curto, porém a necessidade de se alimentar de folhas em árvores maiores fez com que o pescoço crescesse e assim sua prole nascesse com pescoço maior e assim por diante, chegando às girafas atuais. São as chamadas Leis do Uso e Desuso, onde os órgãos se desenvolvem segundo as necessidades do organismo e podem atrofiar com o desuso e a Lei da herança dos caracteres adquiridos, onde aqueles caracteres advindos da 1ª Lei seriam transmitidos aos descendentes por hereditariedade. Lamarck assumia que os organismos se adaptavam às mudanças ocorridas no meio.

Já a teoria de Darwin e Wallace chegou ao mecanismo correto, onde a Evolução das Espécies ocorre gradualmente com o acúmulo de mudanças ao longo das gerações. Observaram que caso todos os organismos de uma população se reproduzissem com sucesso, essa população cresceria exponencialmente, porém, exceto flutuações sazonais, o tamanho da população tende a ser estável; que os recursos ambientais são limitados; que as características de indivíduos de mesma espécie podem ser bastante diversas e indivíduos de espécies diferentes podem possuir características semelhantes e que muitas variações encontradas em populações podem ser passadas por descendência.

Assim, Darwin observou que um número de descendentes maior que o ambiente pode suportar leva a uma luta pela sobrevivência, com poucos sobreviventes em cada geração. A probabilidade de sobrevivência depende da adaptação do individuo ao seu ambiente. Indivíduos com melhores adaptações provavelmente deixarão mais descendentes que aqueles menos aptos, com maiores chances de passar adiante aquelas características que o ajudaram a sobreviver. É a seleção natural. Essas variações surgem por meio de mutações aleatórias no DNA, que podem ter sucesso ou não dependendo do ambiente em que o organismo vive.

A seleção natural não almeja uma progressão para um mega-organismo super inteligente e mais complexo, ela leva o organismo ao sucesso ou a falha de acordo com o ambiente atual, uma mudança brusca num ecossistema, como a mudança no pH dum curso d’água ou aumento da temperatura pode levar toda uma população à extinção.

Um indivíduo numa população não cria simplesmente garras poderosas para se proteger, caçar ou escalar, pêlos que o protegem mais do frio ou nadadeiras super ágeis e “transmite” simplesmente essas características para as próximas gerações.

Dentro de uma população os indivíduos variam fisicamente, como os seres humanos, alguns são mais altos, mais baixos, gordos ou magros, com mais ou menos musculatura. Numa população selvagem, de lagartos, por exemplo, os indivíduos podem ter variações semelhantes. Assim sendo, se o solo é mais arenoso ou inclinado, com mais árvores ou tocas, certas características serão mais vantajosas, sendo provável que os indivíduos com essas características consigam alimento mais facilmente. Obtendo alimento, se tem mais energia para escapar de predadores e outras situações de risco, sendo assim um parceiro mais vistoso para o sexo oposto. Com a reprodução, alguns filhotes podem herdar essas características (ou não, como as crianças humanas que podem ter maiores semelhanças com os pais ou avós). Caso uma característica persista numa população e o grupo que a possua se separe do restante (como pelo surgimento de um curso d’água ou outra barreira física) é possível que ao longo das gerações a reprodução entre esses dois grupos se torne inviável, nascendo assim uma nova espécie.

Um comentário:

  1. Muito interessante esse texto Snails. É um tema muito comentado mas que pouca gente entende de verdade!

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